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MP acusa homem de matar a tiro uma mulher em Tarouca, julgamento está marcado para junho

Um homem, taxista de profissão, foi acusado pelo Ministério Público (MP) de ter matado com um tiro uma mulher no concelho de Tarouca, distrito de Viseu, em 2015, devido a divergências relacionadas com restaurantes que ambos exploravam.

Segundo o despacho de acusação do MP, a que a agência Lusa teve esta segunda-feira acesso, o arguido, atualmente com 53 anos, e a vítima exploravam, cada um, estabelecimentos de restauração situados lado a lado, na freguesia de São João de Tarouca.

“Cada um destes estabelecimentos tinha uma esplanada própria, havendo divergências antigas entre o arguido e Leonilde Almeida quanto ao espaço exterior e passagem para cada um dos estabelecimentos, tendo, inclusive, existido queixa na GNR de Tarouca e exposição do problema à Câmara Municipal de Tarouca”, refere a acusação.

Na tarde de 06 de outubro de 2015 já tinha havido “troca de palavras” entre a esposa do arguido, a vítima e o ex-companheiro desta.

“Na sequência destas altercações, o arguido mandou instalar um pequeno varandim em madeira com o objetivo de separar o logradouro das esplanadas entre os referidos estabelecimentos de restauração”, relata ao MP.

Ao ver o início da construção desta estrutura, a vítima pediu ao ex-companheiro que se deslocasse novamente àquele local, pois entendia que a divisória impedia a passagem das pessoas para o seu estabelecimento.

Chegado ao local, o ex-companheiro da vítima, “munido” de um objeto em ferro, “começou a desferir pancadas no varandim que se encontrava ainda a ser instalado, a fim de o destruir”.

Perante a situação, arguido e esposa “insurgiram-se” e “envolveram-se numa troca de palavras e agressões físicas” com José Delmar. Ao constatar este cenário, a vítima acorreu ao local e tentou encaminhar o ex-companheiro para o interior do seu restaurante.

“Nessa ocasião, o arguido Benjamim Silva retirou do bolso das calças a arma de fogo, uma semiautomática (Browning), de calibre de 6.35 milímetros, colocou o carregador carregado com munições e, apontando-a na direção de José Delmar e Leonilde Almeida, que se encontravam a cerca de 3/4 metros de si, disparou por 3/4 vezes, tendo atingido Leonilde com, pelo menos, um disparo”, descreve o MP.

Segundo a acusação, o homem detinha licença de uso e porte de arma, emitida pela PSP, acrescentando que o arguido transportava, habitualmente, a pistola no porta-luvas do táxi, e que a levava para casa no final do serviço.

A mulher morreu na sequência das várias lesões provocadas pelo disparo do arguido que a atingiu na zona do peito, e que, segundo o MP, “foram causa direta e necessária” da sua morte.

No momento em que o ex-companheiro imobilizou o arguido contra um muro, este ainda efetuou outros dois disparos na sua direção.

O homem, que se encontra em prisão preventiva ao abrigo do processo, está acusado de dois crimes de homicídio qualificado, um consumado, outro na forma tentada.

O início do julgamento está previsto para meados de junho, em Viseu.

Lusa

 

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