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Almeida Henriques presidente CM Viseu

Cidadãos decidem desenvolvimento de Viseu com ideias a concretizar até 2030

O Município de Viseu está recetivo, durante um ano, a ideias e projetos de cidadãos que sejam concretizáveis até 2030, anunciou o autarca de Viseu Almeida Henriques.

Segundo o autarca, “as pessoas não se podem limitar a votar nas eleições autárquicas de quatro em quatro anos, havendo outras fórmulas de participação”.

E este também é o objetivo deste Fórum: “que sejam os viseenses a apropriarem-se da sua própria estratégia e que não sejam os partidos políticos a condicionar a estratégia”, considerou Almeida Henriques.

O autarca acrescentou que “os partidos políticos são importantes na sociedade”, mas é importante “que a própria sociedade se aproprie do seu próprio desenvolvimento e que intervenha, mesmo que esteja fora”.

“O problema, às vezes, nos partidos, é que é um debate fechado E com esta iniciativa pretendo que seja um debate aberto, onde todos podem participar e onde as melhores ideias poderão sempre ter a possibilidade de vencer, como no orçamento participativo, onde as melhores ideias, as mais votadas, são as que são concretizadas”, explicou.

O fórum Viseu 2030, que foi apresentado, surge agora no sentido de definir propostas e ideias para o Portugal 2030, do ponto de vista da organização dos próximos fundos comunitários e para reinterpretar o papel de Viseu na região, no contexto económico, social, ambiental, cultural, debatendo 10 temas.

Educação, cultura, economia, agricultura, política urbana em segurança, tecnologias e qualidade de vida, desporto, ambiente, proteção civil, turismo e políticas públicas e instrumentos de financiamento são os temas definidos pela autarquia viseense a debater durante um ano.

No final, explicou o autarca, “vão dar 99 ideias que podem ser 110, porque a perspetiva é a de que estes fóruns possam ser abertos com mesas redondas e abertos a toda a comunidade, com adesão espontânea, que possa ser enriquecido com contributos escritos que possam contribuir para esta reflexão para a próxima década”.

“É errado pensarmos o desenvolvimento das cidades e dos concelhos numa lógica restrita dos mandatos. Acho que devemos pensar a médio prazo e estando em curso o início de preparação do próximo quadro comunitário de apoio, ainda mais se justifica que em Viseu se dê a oportunidade de refletir sobre os vários temas a pessoas que habitualmente não se envolvem nestas discussões”, explicou o autarca.

Almeida Henriques quer que “o Viseu 2030 debata a forma como os cidadãos viseenses querem evoluir no futuro e com que políticas e isso deve ser feito sem o condicionamento de um mandato” e “com o objetivo de promover a participação cívica, de debater o novo ciclo de políticas urbanas muito centradas na lógica da qualidade de vida”.

“Que seja uma pedrada no charco, porque é uma autarquia, a meio de um mandato, que lança um debate que vai para além de um ciclo eleitoral e que visa, cada vez mais, envolver os cidadãos na discussão daquilo que são as políticas de desenvolvimento”.

“Estas ideias que vão ser produzidas podem influenciar não só ano de mandato que ainda terei [findo o processo de intervenção dos cidadãos], mas podem influenciar, espero eu, as candidaturas que ocorrerem em 2021”, rematou.

 

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