Home / Notícias / Aristides: Herói Viseense e do Mundo merece documentário

Aristides: Herói Viseense e do Mundo merece documentário

“Aristides era um homem como qualquer outro simplesmente que num desses cruzamentos que nos sabe pôr a vida não reagiu como a maioria” começa por dizer Victor Lopes, um argentino com nacionalidade portuguesa que confessa “assim como alguns portugueses me dão vergonha e pelo qual peço desculpa ao mundo inteiro, há também outros, como Aristides de Sousa Mendes que é o orgulho de um Portugal moderno e vigoroso que respeita os direitos humanos e rejeita qualquer tipo de autoritarismo e ditadura”.

Sousa Mendes é um dos quatro portugueses declarado “Justo entre as nações” por ter salvado milhares de pessoas perseguidas pelos nazis durante o holocausto, enquanto os argentinos filmam o documentário na cidade de Buenos Aires, o Presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa anuncia em Nova Iorque que vai condecorar a Aristides de Sousa Mendes com a “Grande Cruz da Ordem da Liberdade” e reconhece que “hoje lhe devemos a Aristides muito mais do que sabíamos até agora”.

Repete Victor Lopes para significar a obra humanitária do Cônsul de Portugal em Bordéus que assinou 30000 vistos em apenas sete dias desobedecendo ao ditador luso António de Oliveira Salazar, quando os nazis invadiam a França nos cruéis tempos de 1940. “Para Aristides tinha sido fácil desocupar com o exército ou a policia os jardins da Embaixada que nesse momento encheram-se de homens, mulheres e crianças perseguidos à procura de algo que os levasse ao porto de Lisboa.  Aristides não o fez….Sousa Mendes não chamou as tropas alemãs…. o que eu faria?….o que farias tu? o que fariam os nossos actuais Embaixadores de Portugal ao redor do mundo?”.

É o eterno conflito gerado entre “o dever e a consciência que não sempre se põem de acordo” diz Lopes.

Levar ao ecrã do público americano a história de Sousa Mendes é um dos objectivos do realizador com uma equipa formada nas universidades Argentinas de cinema.

A estreia do documentário “Aristides um homem bom” está previsto para o fim do ano e se realiza-se no marco do Festival Internacional dos Direitos Humanos. Victor Lopes reconhece que a proposta causou boa recepção por tratar-se duma história praticamente desconhecida e que ainda desperta alguma polémica nos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa.

 

Pode ver também

Regresso do mau tempo com queda de neve

Depois do calor “primaveril” associado às “poeiras” vindas do norte de África e atendendo às …

Comente este artigo