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André Ventura quer ser presidente sem “reuniões de cabaré”

O líder e deputado único do partido Chega, André Ventura, fez este sábado em Viseu o primeiro comício enquanto candidato a Presidente da República e prometeu: “quando lá chegar, acabar com reuniões de cabaré”. “Às vezes dizem que não vou às reuniões com o Presidente da República ou aos encontros com o primeiro-ministro, é verdade, porque é aqui [na rua] que eu faço falta, porque para ter reuniões de cabaré já temos muitos políticos disponíveis para isso, já temos muitos. Precisamos é de políticos que não venham ter com vocês só quando há eleições”, considerou André Ventura.

Perante cerca de uma centena de pessoas no Parque da Radial de Santiago, em Viseu, o líder do Chega realizou o seu primeiro comício enquanto candidato a Presidente da República, nas eleições de 2021.

À chegada, uma hora mais tarde do que o agendado, começou por dizer que iria “começar por acreditar no aquecimento global”, uma vez que “está um calor que não se aguenta”, para 20 minutos depois afirmar que, “afinal, o aquecimento global existe mesmo em Portugal”.

Durante mais de meia hora não poupou críticas a ninguém, da esquerda à direita e ao Presidente da República.

Começou por dizer que era “uma enorme vergonha”, no meio de “um dos momentos mais difíceis da história”, na sequência da pandemia de Covid-19, Mário Centeno ter feito “as malas” e ter ido “para o Banco de Portugal”.

“Marcelo Rebelo de Sousa, desde que se conheceu a acusação do caso do BES, desapareceu. A única coisa que disse é que é um bom sinal para a justiça. Ele que fala sobre todos os assuntos, desde o tempo, à praia, os mergulhos, agora tocou ao amigo Ricardo Salgado e não há mais conversa sobre nada”, acusou.

E continuou: “Agora a justiça que funcione e, se não funcionar, também não há grande problema, agora as coisas que fiquem mais para a frente. Este é o país que temos, é o país em que à frente da câmara se diz uma coisa e depois vai-se de férias com o Ricardo Salgado para o Brasil num barco qualquer privado”.

Aos apoiantes, disse que os partidos mais à esquerda, como o Bloco de Esquerda e o PCP, “passam a vida a criticar (…), mas quando chegou o momento de aprovar o orçamento socialista deram a mão ao partido socialista”, o que, no seu entender, “é uma vergonha”.

Rui Rio também não passou incólume e André Ventura criticou a vontade do “PSD em querer acabar com os debates com o primeiro-ministro na Assembleia da República” e reduzi-los “a quatro vezes num ano”, lembrando que, atualmente, são quinzenais.

Sobre António Costa lamentou que, enquanto falava em Viseu, o primeiro-ministro estivesse “de mão estendida para a Europa a pedir dinheiro para resolver os problemas desta pandemia” e, também por isso, disse que quer fazer uma campanha de “mudança de sistema” em Portugal.

Perante os apoiantes anunciou que, este sábado, o Chega é a “terceira força política, segundo as sondagens”.

“Há um ano ninguém dizia que isto era possível”, sublinhou, afirmando que o partido “ficará na história como um dos movimentos mais impressionantes” de Portugal.

“Um dia, quando se fizer a história do século XXI português, há uma coisa que podem estar certas. Vão dizer que a maior revolução que houve em Portugal nem sequer se chamou 25 de Abril, chamou-se Chega”, assumiu.

 

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